
O processo documental

Placa em Homenagem dos Funcionário Civis da Secretaria de Polícia e Segurança Pública ao Dr. Francisco Marques de Góes Calmon em 1928. Acervo do Museu Eugênio Teixeira Leal.
Fonte: Setor de Documentação e Pesquisa.
Tentar, neste breve ensaio retratar todo o conteúdo do arquivo Governador Dr. Góes Calmon, seria uma apostasia imberbe em relação ao conjunto de elementos que compõem o acervo, desde que foi arrolado pelo antigo Departamento de Estudos e Publicações do Museu Eugênio Teixeira Leal, tendo então o prof. José Calasans com sua missão à frente desta coleção tão diversa quanto única, compreendendo o acervo da família Calmon.
Não obstante e com uma visão museológica, temos mais que um acervo de documentos e/ou bibliográfico, mas de objetos que retratam ações e relações sociais, políticas e econômicas que durante certo tempo foi resultado de relações onde as riquezas eram produto de poucos e concentrados investimentos como a cana-de-açúcar, o café, o cacau, a pecuária e a agricultura de forma em geral que ainda refletia uma fase pouco industrializada e em desenvolvimento para o Brasil e à Bahia.
Aliás, a partir deste período, início do séc. XX é que começa a se desenvolver a indústria na Bahia, percorrendo outros caminhos e com investimentos em tecnologias cada vez maiores para uma crescente população.
Neste processo, realizar o inventário do acervo em guarda do Museu/Memorial, é de suma importância para criar relações entre o próprio acervo bibliográfico e museológico da instituição.
E contar com a colaboração de estagiários neste momento especial na história da humanidade, afetada por uma pandemia de saúde, e promovidos pelo incentivo deste apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Pedro Calmon (FPC) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultural do Ministério do Turismo, Governo Federal, é de suma importância para a permanência de mecanismos de integração entre as comunidades, porquanto permitem a exposição e o diálogo de parte de nossa história.
Desta maneira, tomadas de decisões e avaliação dos documentos a serem tratados estão em constante discussão pela equipe do Museu/Memorial, bem como dos profissionais aqui contratados e voluntariados para este projeto.
Euler de Almeida Oliva
Museólogo
Chefe do Setor de Museografia