
NOSSA HISTÓRIA

Desde sua inauguração, em 1984, no Pelourinho, Centro Histórico de Salvador, esta instituição evidenciou para a Bahia a sua vocação contemporânea e ativa, transformando-se ao longo das últimas décadas em uma autêntica casa de cultura.
Histórico
Em 1959, quando o Banco Econômico da Bahia S.A completou 125 anos de criação, o então diretor da instituição bancária, Dr. Eugênio Teixeira Leal, propôs a criação de um museu com temática referente a numismática, defendendo a tese de que uma iniciativa cultural deveria ser adotada nas comemorações das antigas instituições. Dessa forma, surgiu o Museu Numismático do Banco Econômico da Bahia, instalado na primeira sede própria do Banco, localizado na Praça da Inglaterra, nº 02, 1º andar, no bairro do Comércio. Após o falecimento de Dr. Eugênio, em 1974, passou a chamar-se Museu Numismático Eugênio Teixeira Leal.
Por ocasião do Sesquicentenário do Banco, como um dos eventos comemorativos à data foi inaugurada esta Instituição em 11 de dezembro de 1984, denominado Museu Eugênio Teixeira Leal. O núcleo inicial do acervo museológico deste Museu é originário do desmembramento das coleções dessa Instituição. Assim, cerca de 5.000 peças foram transferidas, no início da década de 80, para a sede no Pelourinho, com a finalidade de compor o novo espaço. Dentre o acervo constam coleções de cédulas e moedas estrangeiras, condecorações, medalhas nacionais e estrangeiras, distintivos, mobiliário, pintura, placas, selos e troféus. Vale destacar que a partir dessa fragmentação permaneceu no Museu Numismático, no bairro do Comércio, apenas o acervo de cédulas e moedas.
Desde maio de 1995, quando da sua reinauguração, o Museu está instalado em três imóveis interligados e contíguos o que gerou uma amplitude dos espaços existentes e criação de uma nova estrutura para acolhimento da administração, da equipe e do visitante, propiciando assim, uma melhor distribuição dos ambientes expositivos; com o redimensionamento das áreas da Biblioteca, do Arquivo Histórico e do Cineteatro. Desta forma, o acervo museológico passou a ser exposto agrupado por temáticas, tais como História do Dinheiro e Econômica do Brasil. A exposição de longa duração está dividida em quatro tópicos: Condecorações e Medalhas Nacionais e Estrangeiras; História de um Banco e História do Dinheiro.
O acervo do METL é de coleção aberta e seu número de registro é o bipartido, ou seja, o número da Coleção é identificado por algarismo romano acompanhado o número de Ordem da peça em arábico dentro desta coleção, totalizando 9.488 (nove mil, quatrocentos e oitenta e oito) peças. O Arquivo Histórico é guardião de 22 metros lineares de documentos. Assim, custodia coleções de valor arquivístico fundamental para este acervo, a exemplo dos documentos de Innocêncio Calmon, Miguel Calmon Sobrinho, Prof. José Calasans, Dr. Paulo Maciel, Coleção Governador Francisco Marques de Góes Calmon, além da coleção de documentos avulsos da família Calmon e dirigentes da Instituição Financeira, dentre outros.
A Biblioteca Innocêncio Marques de Góes Calmon tem um acervo composto por cerca de mais de 34.154 (Trinta e quatro mil e cento e cinquenta e quatro) títulos, especializados nas temáticas da: Artes; Cultural; Direito; História Social - Econômica e Financeira da Bahia; Museologia e Numismática. O Cineteatro Francisco Marques de Góes Calmon, tem capacidade para 110 (cento e dez) pessoas. O espaço é climatizado (com ar-condicionado), com o objetivo de acolher o público para os mais variados eventos a exemplo de palestras; exibição de filmes; cursos; seminários; conferências; reuniões; encontros e espetáculos, além das programações socioeducativas e culturais realizadas por esta Instituição.
A Galeria Francisco de Sá - é um espaço destinado a exposições diversificadas, assim como, para realização de oficinas. Esse espaço propicia a democratização cultural, uma vez que suas pautas são preenchidas, anualmente, com concorrências nacionais através de 04 (quatro) editais públicos, lançados durante o ano em vigência. São quatro períodos expositivos - divididos em 25 (vinte cinco) dias, reservados a artistas emergentes, principalmente, formandos dos cursos de Belas Artes e Museologia, contribuindo, assim, com o aprimoramento e/ou aperfeiçoamento profissional desses expositores.
A Galeria Prof.º José Calasans - recebeu, inicialmente, a denominação de Espaço da Memória, ou seja, um ambiente destinado às exposições temporárias, com mostras temáticas do acervo deste Museu que se encontra acondicionado em sua Reserva Técnica. Os temas contemplados são referentes a datas comemorativas de fatos relevantes da história do Brasil. Esta prática possibilita retratar e celebrar acontecimentos históricos significativos, através das coleções museológicas e bibliotecárias desta Instituição.O Laboratório de Conservação Frank Sá - tem como propósito a higienização, conservação e restauração do acervo bibliográfico e museológico da Instituição.
MISSÃO
Contribuir para a preservação, difusão e apropriação do patrimônio cultural, aplicando ações museológicas e atuando como referencial para o exercício da cidadania.
VISÃO
Ter, até o final de 2020, contribuído para o aprimoramento profissional de estudantes universitários, através da oferta de estágio supervisionado, por meio da prática de atividades administrativas, bibliotecárias e museológicas, promovendo a disseminação do conhecimento, o estímulo ao aprendizado e o intercâmbio acadêmico de forma interdisciplinar.
VALORES
- Empreendedorismo
- Gestão do Conhecimento
- Respeito à Diversidade
- Responsabilidade Social
- Resultados
Corpo funcional do Museu Eugênio Teixeira Leal
O corpo funcional desta Instituição é formado pela Direção, 05 (cinco) Chefes de Setores, 02 (dois) Assistentes Administrativos, 01 (um) Auxiliar de Biblioteca, 08 (oito) Estagiários, 04 (quatro) Agentes de Segurança e 02 (dois) Agentes de Higienização.
Setores:
Administrativo
O Setor empreende na coordenação e supervisão dos serviços técnicos e administrativos do Museu, bem como gerencia a aplicação de recursos que permitem a realização de ações socioeducativas e culturais desenvolvidas por esta Instituição, sempre em observância às normas e diretrizes estabelecidas no Estatuto Social da Instituição. Para apoiar esse Setor na execução dos serviços, que não estão diretamente vinculados às atividades desta Instituição, tem contrato firmado com empresas terceirizadas, para melhor desenvolvimento e atendimento ao público interno e externo.
Biblioteca e Arquivo
O Setor é composto pela Biblioteca Innocêncio Marques de Góes Calmon e pelo Arquivo Histórico do Banco Econômico S.A (BESA). A Biblioteca Innocêncio de Góes Calmon (BIC), é formada por coleções de Administração, Arte, Direito, Economia, Educação, História da Bahia, Literatura Infantojuvenil, Museologia, Numismática, Religião, dentre outras áreas. O Arquivo foi criado com a finalidade de preservar e promover a memória institucional através do acervo especializado sobre a história sociocultural, econômica e financeira da Bahia. Ambos funcionam de segunda a sexta das 09h às 18h, no 2º andar do Museu. Possui atualmente em seu quadro funcional a seguinte equipe:
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01 Assistente de Biblioteca
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01 Estagiário de Biblioteconomia
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01 Bibliotecária
A BIC é composta por um acervo estimado em 20.000 publicações dentre livros, periódicos, coleção de audiovisual, coleções de obras raras em que figuram exemplares como catálogo de medalhas de Julius Meili; Viscondessa de Cavalcanti; Coleção Documentos da Independência contendo cartas a D. João VI da História da Bahia e do Brasil; documento da Abertura dos Portos, em 1808; Coleção José Calasans Brandão da Silva, composta por livros, recortes de jornais e documentos particulares; Coleção do Dr. Innocêncio Marques de Góes Calmon sobre a História do Direito no Brasil e a Coleção de CD-ROM Memória da Bahia, com relatos de antigos moradores e historiadores baianos a respeito do Centro Histórico de Salvador e da História da Bahia.
As principais funções desta Biblioteca são: gerenciar e disponibilizar o acesso às fontes de informação especializada aos usuários; possibilitar o acesso ao conhecimento e a guarda da Memória e História Institucional; atender por meio de seu acervo de literatura infantojuvenil e de seus serviços os diferentes interesses de leitura e informação da comunidade em que está localizada; proporcionar o acesso à pesquisa sobre assuntos específicos, exigindo busca bibliográfica excepcional para melhor atender as necessidades dos usuários da Fundação Econômico Miguel Calmon em especial do Museu Eugênio Teixeira Leal. Permitindo assim, a promoção da cultura de maneira igualitária, sem fazer distinção de classe social, idade, sexo, religião, raça ou nacionalidade.
Os serviços oferecidos ao público externo pela Biblioteca são:
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Consulta local
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Levantamento bibliográfico
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Auxílio e orientação à pesquisa bibliográfica e digital
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Treinamento de usuário (estimular o uso da biblioteca e de seus recursos)
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Acesso à internet / Inclusão Digital
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Visitas orientadas
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Disponibilização de títulos para atender a necessidade de cópias respeitando as leis de direitos autorais
Comunicação e Marketing
Este Setor foi criado no ano de 2021, e tem como principal atribuição estabelecer a comunicação interna e externa do Museu, e também pela sua projeção de imagem na imprensa e comunidade. De forma estratégica, o setor usa de técnicas e ferramentas digitais para se comunicar com seus públicos externos, e de modo interno, a mediar a comunicação entre os demais Setores da Instituição de forma mais eficiente e responsável possível.
O Setor é o responsável pelo registro dos eventos que ocorrem no Museu, assim como contato externo com jornais, revistas, meios de comunicações que venham a divulgar a imagem do Museu ao público externo, também tem por função elaborar ao longo do ano cartões virtuais/cards, visando homenagear datas importantes; efeméridas; os profissionais das áreas que contribuem com as atividades do Museu, tais como Dia do Turismólogo, do Professor, Museólogo, Historiador, Dia da Imprensa, etc.
Documentação e Pesquisa
Sendo a documentação uma das atividades imprescindível e necessária dos museus, tem como direcionador as políticas preservacionistas sobre acervos, este Setor desenvolve a documentação; pesquisa; classificação; informatização; conservação; higienização; fotografação; pesagem; medição e/ou afins referente aos bens tridimensionais do museu. Isto, buscando uma organização estruturada que se especializa em criar e administrar dados sobre o acervo desta instituição.
Este Setor atua na proposta de que documentar o acervo é atuar na vertente da segurança e possibilitar que pesquisadores tenham acesso a informação elaborada com as pesquisas disponíveis na Instituição, permitindo assim, que o próprio Museu conheça efetivamente a realidade do material que está sob sua guarda, apresentando, desta forma a importância de seu acervo e as potencialidades que a pesquisa fornece aos Setores da Instituição, proporcionando subsídios que contemplarão o desenvolvimento à educação por meio das técnicas museológicas, tais como expografia, museografia e mediação cultural.
Setor Educativo
O Setor Educativo tem como um de seus objetivos aproximar o público do acervo da Instituição, através do desenvolvimento e da realização de atividades educativas e culturais pautadas na missão deste Museu que é a de: Contribuir para a preservação, a difusão e a apropriação do patrimônio cultural, aplicando ações museológicas e atuando como referencial para o exercício da cidadania
Ações Educativas e Culturais
O Setor Educativo do METL cria, planeja e desenvolve ações educativas e culturais durante todo o ano. A Instituição conta com um calendário de programações regulares, assim como, o desenvolvimento de atividades que são realizadas em períodos pontuais.
A cada final do mês de outubro do ano vigente, o Setor busca atualizar sua programação visando suprir as lacunas observadas durante o ano decorrente, para desta forma oferecer ao público um calendário cultural diversificado. No ano de 2022, foram realizadas as seguintes atividades: Visita Mediada espontânea, visita mediada agendada, Programa Museu Escola (PME), Moral da História, Oficina Transformando resíduos em oportunidades, Cineclube do Eugênio, Dia Internacional da Mulher no Eugênio, Semana de Museus, Arte no Eugênio, Educação financeira, AEIOUtubro, Primavera dos Museus, Ação Social, FLIPELÔ, Dia da Consciência Negra no Eugênio e O Natal em Você. As atividades serão descritas ao longo deste relatório, de acordo com as datas de suas realizações.
Museografia
Seção do Museu Eugênio Teixeira Leal, o Setor de Museografia é responsável pela comunicação do acervo da instituição com o público, seja ele um visitante individual ou em grupo, estudantes, pesquisadores, ou turistas em visita ao Centro Histórico. Para tanto, o caráter sistemático, disciplinar e produtivo dentro do Setor, visa a obtenção de resultados positivos para o Museu e seu diálogo com o público geral e específico, representado pela comunidade em seu entorno e/ou grupos de estudantes de Museologia, de História e tantos outros que encontram no acervo desta instituição e na Biblioteca, material importante para pesquisas em seus respectivos segmentos.
Operando com a manutenção do acervo exposto nas salas de exposição do Museu, o Setor de Museografia atua diretamente na verificação de falhas na iluminação das vitrines e da necessidade de higienização interna das mesmas e da conservação preventiva das peças em exposição, com avaliação constante do estado de apresentação destas.
Por esta perspectiva, o Setor de Museografia transita entre a Exposição, a Conservação e a Comunicação Social do acervo do Museu, com vistas a permitir à sociedade um caminho importante para a educação e o conhecimento. Então, o objetivo principal do Setor de Museografia é promover a comunicação do acervo em exposição do Museu, ao público, através da mediação, conservação, manutenção, pesquisa e planejamento para a realização de exposições e eventos, em conjunto e colaboração intersetorial.